RETIRO DOS CATEQUISTAS PAROQUIAL
DEZ / 2010
Em um clima de advento os catequistas da paróquia Nossa Senhora das Dores se encontraram no Recanto Sagrado Coração de Jesus, no dia 05 de dezembro de 2010. Com a assessoria da Irmã Ana Rita da Congregação Filhas do Sagrado Coração de Jesus.
“Como o barro nas mãos do oleiro, assim sois vós na minha mão” Jr. 18, 06
Para começamos fomos convidados a assistir um filme que fala do serviço de oleiro e a função do barro na mão deste artesão. Em partilha descobrimos que o barro é escolhido, ele passa por uma fase chamada de curtimento. E quando estivermos realmente prontos, eles nós usa como vasos de honra. Deus não quer um vaso fraco por isso ele quer que tenhamos o fruto do Espírito Santo. Com cuidado o oleiro leva o vaso para o forno para ser temperado. O fogo abrasador leva-o ao seu limite de resistência. Sente o calor permear cada fibra. Somente o vaso que suportar o calor do forno está hábil para cumprir sua tarefa – descansar nas mãos do oleiro e conservar o formato que agrada a ele, sua força, sua sensibilidade e sabedoria é maior. Para isso coloca as mãos em posição de acolhimento, como que a convidar. Pelo gesto, e pelo olhar, o barro sente-se respeitado e acolhido. E vem. E já não é o oleiro a ditar o que quer fazer. Orienta, acompanha, mas deixa-se conduzir pela dinâmica pessoal do barro. Porque aquele barro tem dentro de si uma vida própria, e bela, que se revelará no final: a beleza da criatura, com uma identidade única, e com o coração próprio. O catequista é alguém que tem de aprender de Deus. Alguém que precisa ser, saber e saber fazer. Isso constrói-se treinando, estudando, fazendo. Sem desistir. A verdadeira pedagogia vem do coração. Do amor ao outro.
O poder de Deus para nos moldar é também cumprido através da perseguição e da provação. "para aproveitamento, a fim de sermos participantes da sua santidade" (Hebreus 12:10). Além do mais, a bela cerâmica tem que ser girada e moldada, marcada e alisada e até queimada no forno a altas temperaturas para torná-la o vaso valioso que assim se torna.
Deus, anseia que entremos na olaria, no Seu Reino. Só assim o barro ganha forma. Um material, pobre e fácil, tornado excelente. "Temos, porém, esse tesouro em vasos de barro para que a excelência do conhecimento seja de Deus e não de nós" II Cor 4:7. Que Deus em Cristo, nos faça recordar, sempre, que eramos barro, destinados a perdição: Arrastados pela água, ressecados pelo sol, levados pelo vento. O Oleiro nos recolheu. Entregues em suas mãos, nos tornamos vasos. Moldados para o serviço. E com a criação de nossas obras concluímos o encontro desenvolvendo um trabalho com argila demonstrando em síntese nossa avaliação do dia. Do barro fomos criados (Gn 2:7) e ao barro tornaremos (Ec 12:7). Vivemos, portanto, para o objetivo de sermos levados "a casa do Oleiro". Um digno destino. A olaria simboliza o Reino de Deus.
José Cláudio
Pascom Paroquial
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