Carnaval, Quaresma e a Campanha da Fraternidade em 2012
A quaresma é um período em que somos convidados a imitar Jesus Cristo
http://www.saopedromaceio.com.brComunicação da Paróquia de São Pedro
Não se sabe ao certo qual a origem da palavra carnaval. Para alguns etimólogos essa palavra se aplicava à terça-feira gorda, onde havia um consumo grandioso de carne em todos os lugares, depois da instituição do Jejum quaresmal (da quarta-feira de cinzas até a sexta-feira santa) pela Igreja Católica. Era comum na Idade Média a abstinência de carne na quaresma como forma preparatória para a Páscoa.
Outros apontam sua origem da palavra latina carnelevamen, que significa "adeus carne". Essa palavra pode ser interpretada também como carnis levamen, "prazer da carne", que marcam os momentos prazerosos que antecedem o período da quaresma. A explicação sobre a origem do carnaval tem controvérsias. No século VI, a Igreja Católica adotou algumas festas populares, advindas do Império Romano, que invertiam a ordem do cotidiano, para dar-lhes um sentido cristão. No Brasil o carnaval só chegou no século XVII.
Procurando dar um sentido cristão ao carnaval a Igreja Católica buscou abolir toda a forma de permissividade, que era bastante comum. Na Idade Média Tertuliano, são Cipriniano, são Clemente de Alexandria e o papa Inocêncio II foram grandes inimigos do carnaval. Porém, no séc. XV, o papa Paulo II, com muita sabedoria procurou converter, ao invés de combater tais festividades bastante populares, dando-lhes um sentido litúrgico religioso.
Daí a quaresma, período em que somos convidados a imitar Jesus Cristo, que ao iniciar sua missão decidiu ficar em retiro, quarenta dias no deserto, preparando-se pelo jejum, penitência e oração para sua grande missão evangelizadora. Jesus, depois do batismo e de ter recebido o Espírito Santo, foi para o deserto e foi tentado pelo demônio. Depois de vencê-lo, assumiu sua missão. Mas, o que tem haver isso conosco? Que o mal devemos combater na Quaresma?
Quando estamos no deserto, surge a oportunidade de colocar nossos joelhos no chão e buscarmos com mais intensidade nosso Deus. O diabo nos ronda e é fácil reconhecê-lo: quando há o empobrecimento de nossa alma, quando deixamos de buscar a Deus, quando toleramos o sentimento de vingança (ressentimento), quando não damos valor ao semelhante, quando o orgulho e a vaidade gritam mais alto dentro de nós, roubando os sentimentos mais bonitos de nosso coração, estamos sendo seduzidos pelo demônio. E o pior, quando achamos que esta situação não é instigada por ele ou que ele não existe.
Quando estamos no deserto, surge a oportunidade de colocar nossos joelhos no chão e buscarmos com mais intensidade nosso Deus. O diabo nos ronda e é fácil reconhecê-lo: quando há o empobrecimento de nossa alma, quando deixamos de buscar a Deus, quando toleramos o sentimento de vingança (ressentimento), quando não damos valor ao semelhante, quando o orgulho e a vaidade gritam mais alto dentro de nós, roubando os sentimentos mais bonitos de nosso coração, estamos sendo seduzidos pelo demônio. E o pior, quando achamos que esta situação não é instigada por ele ou que ele não existe.
Por isso, o importante é "Viver a Quaresma" que significa: arrepender-se de algo, fazer um sacrifício - Sacrum Facere - ou seja, algo sagrado - por amor a Deus, tornar-se mais reflexivo, tentando perdoar, reconciliar e se purificar nos quarenta dias de preparação para a festa da Páscoa. Na Quaresma (especialmente na Quarta-feira de Cinzas) é recomendado o jejum (apenas uma refeição forte uma vez ao dia - dos dezoitos anos até os 59 anos) e a abstinência (não comer carne, a partir dos 14 anos).
Sabemos que a Igreja propõe sempre na quaresma um tema. No ano 2012 será “Fraternidade e saúde pública”. O tema da saúde foi pedido pela Pastoral da Saúde, a nível nacional respaldado por um abaixo-assinado com 142 mil assinaturas. A decisão do Conselho Episcopal de Pastoral da CNBB foi unânime. O lema que é sempre uma frase extraída da bíblia é: “Que a saúde se difunda sobre a terra!” (Cf. Eclo, 38,8).
Neste período, tente se resguardar, ficar mais próximo de Deus e aproveite para estudar, meditar e especialmente perdoar para sair mais fortalecido deste deserto pessoal
Cônego José Everaldo Rodrigues
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