Olá irmãos e irmãs em Cristo.
SOLENIDADE DA EPIFANIA DO SENHOR
HOMILIA DE PE. ELISON SILVA DOS SANTOS
SANTA LÚCIA, MACEIÓ, ALAGOAS, DOMINGO 02 DE JANEIRO DE 2011.
Caríssimos irmãos,
A Epifania teve suas origens no Egito. Era uma festa pagã na qual se celebrava a vitória da luz sobre as trevas. A liturgia cristã a incorporou ao seu calendário, sobretudo, porque o Nascimento do Salvador diz respeito exatamente à vitória da luz sobre a escuridão, à retirar-nos da escuridão que nos afasta dos planos de Deus. A Primeira leitura e o Evangelho dão especial ênfase a este sinal da chegada de Deus-menino.
A Primeira Leitura descreve como que uma visão do profeta Isaías. Diante da decadência, da humilhação, das ruínas da Cidade Santa; ele a vê em tempos de glória profetizando, assim, a alvorada de um novo dia. O Primeiro raio de sol que ilumina Jerusalém é um alívio para a escuridão dos tempos de ruína e de luto. Dessa forma, o Profeta convida este povo a se desfazer das marcas de sofrimento, a enxugar as suas lágrimas para abraçar a verdadeira felicidade.
O Evangelho também se enche de simbologia para anunciar este momento de grandeza de Deus. A estrela que os Magos seguiram é um desses símbolos. Nos tempos antigos, acreditava-se que, quando uma pessoa com uma grande missão nascia, aparecia uma estrela no céu. Os Magos souberam interpretar esse sinal e o seguiram a fim de adorar o verdadeiro Senhor. Assim também nós deveríamos interpretar os sinais dos tempos e, como os Magos, convertendo o nosso coração, adorar o Senhor da vida e história.
Se lermos os capítulos 22-24 do livro dos Números, encontraremos a história de Balaão. Balaão era exatamente como os Magos que foram adorar Jesus. Certo dia, ele fez uma profecia importante. Disse: "Eu o vejo e não é um acontecimento que virá em breve. Eu o sinto, mas não está perto: uma estrela da estirpe de Jacó, um Reino, nascido de Israel se levanta... Alguém sai de Jacó e vai dominar os seus inimigos." (Núm. 24, 17.19) Desde então, os israelitas começaram a aguardar com ansiedade o despontar desta estrela que não é senão o próprio Messias. A estrela que os Magos reconheceram e adoraram é, portanto, o próprio Jesus.
Relacionando o Evangelho à Primeira leitura veremos, nesta última, o profeta que ver a luz do Senhor brilhar e ver, também, todas as nações a caminho de Jerusalém para oferecer seus dons, suas vidas. Os Magos ao verem a estrela, a luz em meio às trevas fizeram a mesma coisa. Ofereceram ao Menino envolto em faixas tudo que lhe era mais precioso: Ouro, Incenso e Mirra. E nós, o que oferecemos a Deus? Será que temos oferecido tudo que há de mais precioso em nós e em nossas vida para aquele que tudo é? Ninguém é tão rico que não precise de nada. Nem tão pobre que nada tenha a oferecer.
Amém.
Augusto Feitosa
Pascom Paroquial
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