Olá irmãos e irmãs em Cristo.
TESTEMUNHAS da PALAVRA
" A nossa capacidade vem de Deus, que nos tornou capazes de exercer o ministério da aliança nova, não da letra, mas do Espírito". (2Cor 3, 5b-6a)
Somos testemunhas de Jesus Cristo, nestes dias da Páscoa, vamos percebendo isso no itinerário dos Atos dos Apóstolos, Pedro, Paulo e os outros foram vivendo profundamente esta experiência de comunicar a Palavra que ouviram, testemunhas da vitória de Jesus, da ressurreição. Agora é a nossa vez, somos testemunhas da Palavra de Deus, é preciso agora beber desta Fonte inesgotável.
Uma fé que é chamada a tornar-se ela mesma, acontecimento, nasce e se nutre de narrativas da fé. De forma que podemos afirmar que a argumentação produz mais certezas intelectuais, o que permaneceria aquém da fé. Ao trabalhar o texto bíblico, enquanto narrativa da história de Deus na história dos homens, as histórias, os relatos, as profecias nos ajudam a construir a história da nossa vida que deve ser a vida de fé. As histórias bíblicas devem nos ajudar pela proposição não pela imposição a escrever nossa história.
Deste modo a Revelação, automanifestação de Deus para seus amigos, está intimamente associada a nossa Vida. Esta consciência nos faz ultrapassar a narrativa atingindo o nível da experiência, por um lado a vivência do personagem em questão e por outro, suscitando nova vivência para o interlocutor desta Palavra viva e eficaz. A Bíblia conta experiências vividas como particularmente marcantes e decisivas para aqueles que as viveram. Experiências de encontro com Deus e consigo mesmo, ligando e transformando nossas relações com o próximo e com o mundo.
O cristão como testemunha da Palavra de Deus se coloca entre a Bíblia e a pessoa à qual está destinada. Em tal caso não a posição de quem presta um serviço à Palavra e aos ouvintes desta, mas impõe despoticamente sua experiência, seu próprio modo de entender o texto. Este ou aquele versículo tirado de seu contexto pode ser valioso para mim, porque, para mim foi talvez ocasião de um encontro vivo com a Palavra de Deus, e porque me traz à memória o texto completo.
O estudo da Sagrada Escritura supõe tomar o Livro e manejá-lo com respeito, mas sobretudo com gosto e espírito de acolhida e amor. Os agentes de Pastorais devem conduzir os irmãos neste aprendizado, dando uma introdução, levando o grupo a ter um conhecimento básico da Bíblia. Ensinando a manusear a Bíblia, apresentar os pontos importantes da História da Salvação; esclarecer as dúvidas despertando pelo testemunho o amor a Palavra de Deus e o gosto pela leitura da mesma.
Pe. Elison Silva dos Santos
Administrador Paroquial
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